Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS!

quinta-feira, 8 de março de 2018

A Virgem Imaculada e a Medalha Milagrosa

SÃO VICENTE DE PAULO: O CAPELÃO DAS GALÉS


«Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.» (Mateus 25:40)1

Como capelão geral das galeras, São Vicente, certa vez, em Marselha, condoeu-se de um pobre forçado que chorava por haver deixado mulher e filhos em extrema miséria. São Vicente, que estava disfarçado, ofereceu-se para ficar em lugar do condenado, libertando-o para voltar à família.

O Santo acorrentou o pé esquerdo, e o prendeu à palanqueta, e prosseguiu viagem com os demais condenados. Foi logo, porém, reconhecido, e posto em liberdade.

Para evitar os comentários, ele deixou a cidade de Marselha, voltando à Paris, à casa dos Gondi.

Este ato de heroísmo salvou o pobre condenado, mas para o resto da vida lhe sobrou penosa marca: a inchação permanente dos pés do Santo foi motivada pelo peso das correntes que teve de suportar quando voluntário forçado.

Em 1622, durante o inverno, o padre Vicente resolveu pregar as Missões nas galeras reais. O momento era propício para pregar aos condenados. São Vicente pediu ao arcebispo de Bordéus vinte padres para esse trabalho missionário. Foram eles distribuídos de dois a dois por galera. Com o piedoso estímulo, com palavras simples, humildes e persuasivas, as missões fizeram um grande bem àqueles infelizes forçados, esquecidos do mundo e só lembrados pela abençoada inspiração de São Vicente de Paulo.

Em 1623, foi São Vicente nomeado capelão geral das galeras. Viviam, aí, os condenados como verdadeiros animais … Os trabalhos dos humildes padres, chefiados por São Vicente de Paulo, chegaram aos ouvidos do grande rei da França, Luís XIII. Este mandou chamar o general das galeras a fim de cientificar-se dos trabalhos do padre Vicente. Ficou o rei encantado. São Vicente de Paulo visitou todas as prisões do Mediterrâneo. Tão grande foi a mudança verificada entre os forçados, que jamais, no mundo, aconteceria coisa igual!

Eram vinte as galeras do Levante, remadas por 300 [homens] forçados, cada uma. Viviam elas à cata de navios piratas que coalhavam o mar Mediterrâneo.

Vinham os forçados de longe, a pé, muitas vezes doentes e famintos. Chegados a Marselha, ponto final da concentração, eram entregues à própria sorte. Se doentes, eram atirados ao próprio mar, para não darem mais trabalho.

São Vicente de Paulo, o sacerdote exemplar, foi o anjo de Céu que veio habitar entre eles, ensinando-lhes o caminho da salvação!



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FONTE: livro “S. Vicente de Paulo (O Sacerdote Exemplar)”, Messias Gonçalves Teixeira, Esdeva Empresa Gráfica Ltda., Juiz de Fora-MG, 1980, pp. 27 e 116-117 – Título e texto elaborados, a partir de dois capítulos da obra: “São Vicente, Capelão-Geral das Galeras e Ato Heróico de São Vicente de Paulo. Texto atualizado e a citação bíblica é nossa.