Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS!

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

A Virgem Imaculada, a Medalha Milagrosa e a Pia União das Filhas de Maria ...

A VIRGEM IMACULADA, A MEDALHA MILAGROSA E A PIA UNIÃO DAS FILHAS DE MARIA


A Virgem Imaculada Nossa Senhora da Medalha Milagrosa ou Nossa Senhora das Graças
A reunião de fieis com o objetivo de venerar Maria remonta ao período medieval. A primeira referência que se tem sobre uma organização fraternal, tendo como patrona a Mãe de Cristo, data do século XII, criada por Pedro de Honestis. Esta irmandade situada na Igreja de Santa Maria do Porto congregava homens e mulheres, religiosos e leigos, denominados de filhos e filhas de Maria. Os associados traziam pendendo do pescoço uma medalha e na cintura uma faixa azul. Esta seria a provável origem da associação denominada Pia União das Filhas de Maria.

Após o Concílio de Trento (1545-1563) criou-se em parte do clero da Igreja Católica uma preocupação em reformar a prática religiosa do catolicismo fazendo com que as decisões do Concílio penetrassem na vida cotidiana dos fiéis, levando-os a compreender a necessidade da observância dos sacramentos, principalmente a confissão e a comunhão, e da prática das virtudes cristãs, sobretudo, a castidade. Neste sentido, a reforma proposta a partir do Concílio de Trento se estendeu pelo mundo nos séculos posteriores. Mas, para que os desígnios de Trento pudessem regular a sociedade era necessário empreender uma “reconquista católica” e, para esta finalidade, a figura da Virgem Maria aos poucos foi propagada como a condutora dos “exércitos católicos” que deveriam se opor a tudo que pudesse contrariar os ideários da Igreja Reformada.
Medalha do Sodalício das Filhas de Maria sob
o patrocínio da Beata Virgem Imaculada e de
Santa Inês, Virgem e Mártir. 

Então, no século XVI, uma irmandade baseada naquela fundada por Pedro de Honestis no século XII, chegou à França. É assim, que no transcorrer dos anos de 1594 a 1640 Pedro Fourier (um Cônego regular como Pedro Honestis), objetivando fomentar a piedade mariana na juventude feminina francesa, fundou na paróquia de Mattaicourt, a Congregação da Virgem Imaculada para as suas jovens paroquianas. Nesta associação as mulheres traziam como distintivo um escapulário de cor celeste que tinha impresso de um lado a imagem da Imaculada Conceição e de outro a inscrição Maria concebida sem pecado. Esse escapulário já se assemelhava com a fita que as Filhas de Maria ostentariam. Porém, a fundação de associações denominadas de Associação das Filhas de Maria só se daria com [Santa] Catarina de Labouré para quem, no dia 27 de novembro de 1830, a Virgem Maria teria aparecido e a ordenaria que fundasse uma associação que recebesse o nome de Filhas de Maria.

A associação fundada por Catarina de Labouré estava voltada para as mulheres religiosas. Estas mulheres deveriam ostentar em seus pescoços uma fita azul celeste da qual penderia, a Medalha Milagrosa, com a imagem da Virgem Maria sobre um globo, com os braços abaixados e as palmas das mãos viradas para frente. Ao redor desta imagem aparecia a frase: Maria concebida sem pecado (frase já encontrada na medalha utilizada nas associações fundadas por Pedro Fourier). Mas além desta frase havia o seguinte acréscimo: rogai por nós que recorremos a vós. Na parte posterior da medalha foi cunhada a letra M, encimada por uma cruz tendo um traço na base e, por baixo do monograma de Maria, dois corações representando o de Jesus (cercado por uma coroa de espinho) e o de Maria (com uma espada atravessada). A parte de trás da medalha ainda era adornada por 12 estrelas.
Antigo postal de Santa Catarina
Labouré, anterior à sua canoni-
zação.

A primeira desta associação foi estabelecida em 8 de setembro de 1837 na paróquia de Saint Pierre de Gros, em Paris com o nome de Associação das Filhas de Maria Imaculada. Em 20 de junho de 1847, o papa Pio IX aprovou a associação que teve seu primeiro manual tornado público em 1848. Nesse manual se encontrava os objetivos da associação. Entre esses objetivos estavam manter o louvor a Maria Imaculada, a santificação pessoal das associadas e o exercício do apostolado.

Em 23 de janeiro de 1864 o pároco da igreja de Santa Inês, em Roma, Alberto Passéri fundou uma associação de Filhas de Maria seguindo o estilo daquelas que se desenvolveram nas casas das Filhas da Caridade na França. Passèri fez com que a associação fosse erigida com o título de Pia União das Filhas de Maria e que, além de estar sob o patrocínio da Virgem Imaculada, também estivesse sobre o patrocínio de Santa Inês que era a padroeira de sua igreja. Esta associação passou a ser de moças cristãs que tinham por finalidade evitar a proliferação do “mal” fazendo progredir a piedade cristã na honestidade dos costumes e na observância dos próprios deveres. Esta Pia União foi enriquecida com indulgências e privilégios concedidos por Pio IX em 16 de janeiro de 1866. Em fevereiro do mesmo ano, Pio IX acabou elevando a associação à dignidade de primária concedendo a Alberto Passéri o direito de agregar todas as outras, em qualquer parte do mundo, concedendo-lhes os mesmos privilégios de que gozavam a Primária.

Foi Leão XIII que em 1879 instituiu Alberto Passéri como o diretor geral de todas as congregações das Filhas de Maria. A associação criada na Itália tinha por finalidade a promoção da glória de Deus, o aumento da devoção à Virgem Imaculada e a proteção da “inocência” das jovens levando-as, por meio de conselhos e práticas religiosas, ao cumprimento exato dos deveres para com Deus. Desta maneira, o objetivo desta associação era fazer com que as jovens tornassem obedientes e respeitosas para com seus pais, de forma que quando fossem solicitadas por Deus fossem capazes de reconhecer a sua vocação e cumpri-la da melhor forma possível, independente de serem esposas, ótimas mães, religiosas no claustro, ou como leigas piedosas no meio do mundo.


Com os incentivos concedidos à Pia União das Filhas de Maria, os pontífices Pio IX e Leão XIII, almejavam incentivar a instalação dessa associação feminina nas paróquias católicas espalhadas em qualquer parte do mundo. Na segunda metade do século XIX, começaram a surgir em diversas paróquias brasileiras, grupos de Pias Uniões das Filhas de Maria.









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FONTE: Blog da Pia União das Filhas de Maria (http://piauniaodasfilhasdemaria.blogspot.com.br/2017/03/historia-da-pia-uniao-das-filhas-de.html) – O Título e alguns destaques são nossos.