Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

A ADMIRAÇÃO E TERNURA DE NOSSA SENHORA POR SEU FILHO RECÉM-NASCIDO

A ADMIRAÇÃO E TERNURA DE NOSSA SENHORA POR SEU FILHO RECÉM-NASCIDO


No Natal, é natural que nossa atenção se volte para a festa do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Foi esta a ocasião em que, no grau mais elevado, o amor de uma criatura se manifestou por Deus, o Criador – o afeto da Mãe celeste por seu Filho único e incomparável.

Como Nossa Senhora é o modelo de humildade por excelência, não se aproximou do Divino Salvador sem ter manifestado todo o respeito e toda a admiração que Ele merece. Como a criatura mais requintada da Criação, ela não pôde deixar de assumir essa humilde posição perante o Salvador. Estando infinitamente abaixo do Criador, embora seja a criatura mais elevada, dirigiu-se a Nosso Senhor como se fosse a menor das Suas criaturas.

Imaginemos uma pessoa que pensa estar mais perto do sol porque é dez centímetros mais alta que o homem normal. Isso é ridículo, já que dez centímetros não são nada comparados à distância da Terra ao sol. Deus sendo infinito, mesmo a grande distância que nos separa de Nossa Senhora é pequena ao lado da que a separa de Deus. Assim, podemos compreender os muitos atos de humildade que ela fez na presença da Criança Divina.

Uma humildade voltada não para si mesma, mas para Deus.

Sua ação não veio de uma humildade egocêntrica, mas centrada em Deus. Em vez de pensar em sua condição limitada de criatura, ela considerou a infinita grandeza de Deus. Portanto, na gruta de Belém, seus primeiros afetos foram atos de admiração, manifestando tudo o que ela admirava em seu Filho Divino como Deus-Homem.

Nisto existe uma ordem lógica. Quando amamos muito alguém, devemos começar por admirá-lo. Não é sentimentalismo, como uma criança admirando sua boneca, por exemplo, mas a admiração que é a base do amor. Amava aquele Menino recém-nascido, sabendo que era a mais admirável de todas as criaturas, hipostaticamente unido ao Verbo Divino.

Por uma revelação sobrenatural, Maria sabia que o Filho gerado nela era o Filho de Deus. Tão frágil e minúsculo, mas Deus em Sua infinita grandeza, em Sua incomensurável admirabilidade! Seu primeiro pensamento provavelmente foi voltado para o aspecto mais grandioso do Ser Divino; só então seus pensamentos se voltaram para a Criança. Com isso veio o amor materno, contemplando em seu olhar Deus, que ali se refletia. Nossa Senhora olhou para o Seu corpinho, tocou-Lhe os braços e sentiu que estavam frios do inverno. Assim ela expressou a ternura de mãe.

Alguém poderia objetar que nesse momento a admiração desapareceu e apenas o afeto se manifestou. Isso não é verdade, porque no momento em que a admiração morre, o afeto desaparece – assim como a admiração se extingue no momento em que o afeto morre.

Admiração e afeição da mãe pelo filho

Quando uma mãe dá à luz um filho, esse bebê é tão encantador que é tomado por uma grande ternura. No subconsciente da mãe verdadeiramente católica, passa o seguinte: Este recém-nascido é como um anjo. Quanta grandeza há em um ser humano chamado a uma vida longa, com seus sérios deveres para com Deus: ser um bom filho da Igreja Católica; dominar suas paixões, para se santificar e ir para o céu por toda a eternidade. Que extraordinário! Estou profundamente comovido, vendo como uma chamada tão grande está contida neste pequeno recém-nascido!

Com esta consideração vem uma ternura muito grande, mas também uma grande admiração: Que mistério admirável é que eu, um ser humano, gerei outro ser humano! Ele foi formado em meu ventre, nasceu para mim, foi alimentado por mim. Eu o libertei para a vida, e aqui está ele, tão pequeno. Em sua própria existência existe um mistério imenso!

Mistérios da infusão da alma por Deus

Quanto à Santa Mãe de Deus, podemos pensar na hora em que Deus, curvando-se sobre aquele embrião, soprou nele uma alma, dando algo que a mãe não gerou, que não procede ao ato nupcial, mas do Criador. Que coisa magnífica é esta!

Nossa Senhora ponderou sobre o grande mistério da vida de Cristo

Na ternura de uma mãe verdadeira e bem orientada para com o filho, surge toda esta série de mistérios que se passavam nela. O nascimento de outra criatura que é carne de sua carne e sangue de seu sangue, “outro eu mesmo”, outro ser sobre quem Deus soprou uma alma imortal. Ou seja, a obra de Deus foi adicionada à obra da mãe para algo muito maior.

Este vínculo de alma abre os horizontes para aquela criança: horizontes de luta, dedicação, alegria e vitória. Mas também horizontes de tristeza, recuo e fraquezas, quando se deve pedir a Deus graças para apoiá-lo.

Nisto vemos outro aspecto do nascimento de uma criança simples. Para a Igreja, a vida de toda criatura é comparável a de um herói que se prepara com exercícios para a luta, para poder enfrentar a vida e se engajar no combate, de um herói que empunha suas armas e escudo para entrar no arena da vida.

É o início de uma grande batalha, e assim a mãe poderia dizer a um filho: Meu guerreiro, eu te admiro porque você está lutando o bom combate! Este é o seu dever. Depois de receber o batismo, a graça vai chamá-lo e começar uma vida sobrenatural em você, mais ou menos como uma vela que alguém acende. Quanto isso iluminará sua alma? Quanto bem você fará? Que glória você dará a Deus?

Reflexões sobre a vida pública do Divino Redentor

Naquela noite, a Santíssima Virgem provavelmente estava pensando em como a vida pública de seu Divino Filho começaria, os milagres que Ele faria, as almas que Ele atrairia. Ela pensava no que resultaria disso, em como Ele começaria a ser rejeitado pelos judeus, esquecido pelos próprios apóstolos por causa de sua brandura e até traído por Judas.

Ela provavelmente também refletiu sobre Pentecostes, a expansão da Igreja por toda a bacia do Mediterrâneo e os lugares misteriosos por onde os Apóstolos caminhariam, enchendo a Terra com sua presença. Ela meditou sobre a libertação da Igreja pelo imperador Constantino; na Igreja que brilharia em todo o mundo; sobre a invasão dos bárbaros e da civilização decorrente de sua conversão; e, a seguir, em São Bento, que em Subiaco se tornaria o Patriarca do Ocidente e implantaria uma nova vida espiritual da qual nasceria a Idade Média.

Ela provavelmente teria lamentado que, no final do período medieval, em uma contestação à obra de São Bento, um imenso pecado fosse cometido e daria início à Revolução, que levantaria ondas de feridas atrozes: o Renascimento, Humanismo e Protestantismo. Daí viria a Revolução Francesa, o Comunismo e a Revolução Anarquista, também conhecida como Revolução Cultural – enigmática, difícil de definir em seus verdadeiros contornos, infame em tudo o que dela já conhecemos.

Nossa Senhora refletiria sobre tudo isso. Mas ela também se alegraria que, por seu desígnio, sobre este mar de imundície uma pétala de rosa – a Contra-Revolução – começasse a flutuar em determinado momento, atraindo seus filhos fiéis para lutar por ela em nosso século.

Um exame de consciência e uma oração

Ao pé do presépio, pode-se voltar a analisar sua própria história individual: como a graça de Deus foi aceita por sua alma, os altos e baixos, sua correspondência à graça e rejeições dela, seus movimentos de orgulho e sensualidade, ou vitórias, e, às vezes, derrotas, mas sempre o papel da misericórdia de Deus esforçando-se para nos levar ao caminho certo.

Nossa Senhora previu que alguns cairiam no caminho; ela esperaria a oração dos que permanecem pelos que caíram; e de vez em quando ela conseguia trazer um filho de volta ao caminho certo. Ela também viu de antemão a sua intervenção final e a implantação do Reino de Maria que ela revelou em Fátima em 1917.

Devemos considerar tudo isso quando estivermos aos pés do presépio e dizer: Ó Menino Jesus, Tu és a pedra divisória, a rocha do escândalo que divide a história em duas partes. Hoje, tudo o que está contigo é a contra-revolução, tudo o que está contra ti é a revolução.

Podemos levantar esta oração como veneramos no presépio: Aqui está um filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, trazido a Ti pela graça de Tua Mãe celestial, por suas orações, por seu ventre. Aqui está um filho ajoelhado diante de Ti para te agradecer e para se apresentar a Ti como um guerreiro pronto para lutar por Ti na Contra-Revolução, confiante na tua graça.




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FONTE: in Catholic Restoration - Tradução Google Tradutor - Destaques acrescidos.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

NOSSA MENSAGEM DE NATAL

NOSSA MENSAGEM DE NATAL


1. «Regem venturum Dominum, venite, adoremus».

«Vinde, adoremos o Rei, o Senhor, que há-de vir».

Quantas vezes repetimos estas palavras

ao longo do tempo do Advento,

dando eco à expectativa da humanidade inteira!


Projetado para o futuro desde as suas origens mais remotas,

o homem anseia por Deus, plenitude da vida. Desde sempre

invoca um Salvador que o livre do mal e da morte,

que sacie a sua necessidade congênita de felicidade.

Já no jardim do Éden, depois do pecado original,

Deus Pai, fiel e misericordioso,

lhe tinha preanunciado um Salvador (cf. Gen 3,15),

que haveria de reconstituir a aliança violada,

instaurando um novo relacionamento

de amizade, de conciliação e de paz.


2. Esta boa nova, confiada aos filhos de Abraão,

desde a altura do êxodo do Egito (cf. Ex 3,6-8),

ressoou ao longo dos séculos como grito de esperança

na boca dos profetas de Israel,

que de tempos a tempos foram recordando ao povo:

«Prope est Domine: venite, adoremus».

«O Senhor está perto: vinde adorá-Lo»!

Vinde adorar a Deus que não abandona

aqueles que O procuram de coração sincero

e se esforçam por observar a sua lei.

Acolhei a sua mensagem,

que robustece os espíritos extenuados e abatidos.

Prope est Domine: fiel à antiga promessa,

Deus Pai realizou-a agora no mistério do Natal.


3. Sim! A sua promessa, que alimentou

a expectativa confiante de tantos crentes,

fez-se dom em Belém, em plena Noite Santa.

Recordou-no-lo ontem a liturgia da Missa:

«Hodie scietis quia veniet Dominus,

et mane videbitis gloriam eius».

«Hoje sabereis que o Senhor há-de vir:

amanhã vereis a sua glória».

Esta noite vimos a glória de Deus,

proclamada pelo cântico jubiloso dos anjos;

adoramos o Rei, Senhor do universo,

juntamente com os pastores que guardavam o seu rebanho.

Com os olhos da fé, também nós vimos,

deitado numa manjedoura,

o Príncipe da Paz,

e, ao seu lado, Maria e José

em silenciosa adoração.


4. Às multidões de anjos, aos pastores extasiados,

unimo-nos neste dia também nós cantando jubilosos:

«Christus natus est nobis: venite, adoremus».

«Cristo nasceu para nós: vinde, adoremos».

Desde aquela noite de Belém até hoje,

o Natal continua a suscitar hinos de alegria,

que exprimem a ternura de Deus

semeada no coração dos homens.

Em todas as línguas do mundo,

é celebrado o acontecimento maior e o mais humilde:

o Emmanuel, Deus connosco para sempre.


Como são sugestivos os cânticos inspirados pelo Natal

em cada povo e cultura!

Quem não conhece a emoção que eles provocam?

As suas melodias fazem reviver

o mistério da Noite Santa;

testemunham o encontro entre o Evangelho e as estradas dos homens.

Sim! O Natal entrou no coração dos povos,

que olham para Belém com contagiante admiração.


(...)


A luz que emana de Belém

nos salve do risco de nos resignarmos

a tão atribulado e inquietante cenário.


(...)


6. A alegria do Natal, que canta o nascimento do Salvador,

infunda em todos confiança na força da verdade

e da firme perseverança no cumprimento do bem.

Para cada um de nós ressoe a mensagem divina de Belém:

«Não temais, pois vos anuncio uma grande alegria:

hoje, na cidade de David, nasceu-vos

um Salvador, que é o Messias Senhor» (Lc 2,10-11).



Hoje resplandece Urbi et Orbi,

sobre a cidade de Roma e sobre o mundo inteiro,

o rosto de Deus: Jesus no-Lo revela

como Pai que nos ama.

Ó vós todos que procurais o sentido da vida;

vós que trazeis ardentemente no coração

um anseio de salvação, de liberdade e de paz,

vinde encontrar o Menino nascido de Maria:

Ele é Deus, nosso Salvador,

o único digno deste nome,

o único Senhor.

Ele nasceu para nós, vinde, adoremos!



___________São João Paulo II, Papa. "Urbi et Orbi" (excertos) - Natal de 1998



COM ESTA MENSAGEM,


DESEJAMOS A TODOS OS NOSSOS AMIGOS,


SEGUIDORES E VISITANTES


UM SANTO E ABENÇOADO NATAL DO SENHOR!



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FONTE: http://www.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/messages/urbi/documents/hf_jp-ii_mes_25121998_urbi.html